***EU E VOCÊ...AMOR E DESAMOR***

***EU E VOCÊ. AMOR E DESAMOR... ***

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Conhecer você foi descobrir o amor em sua forma mais louca.
Cada gesto seu, cada ação sua, cada palavra proferida, me fascinou!
Mas entregar-me a você, foi só abandono e dor,
Juro-te, em cada sonho, sofri!
Você era a paixão ideal, surreal diria eu até!
Jamais me deixaria.
Jamais com outra me compartilharia!
E compartilhou, declarou que gostava ser de muitas...
Mas que seu coração somente meu seria!
Era você, perfeito para amar e ser amado,
homem dos meus sonhos!
Fui sua rainha e no encanto de sua palavra,
no timbre sedutor da sua voz,
Decidi torna-lo mesmo assim, meu príncipe encantado.
Porque, como rei, acaudilharia sempre a minha realidade;
Como príncipe, sim, seria você sempre o meu sonho acalentado.
Amei um ser que idealizei e me travesti de você.
A rolar no leito da paixão, engalfinhava minha ilusão na sua realidade,
Rolei e embolei minha alegria e pureza,
Na amargura e desconfiança acorrentada em seu coração.
Querida por muitos, amada por outros tantos, sem de fato isto procurar,
Teimei, consegui.
Fí-lo finalmente entender o meu amor
Mas ironia, assimilei-lhe o desamor do amor compartilhado!
E assim tão de repente, temi o dia seguinte,
Passando de confiante a ser cuidadosa no momento seguinte.
Aos poucos fui me desapaixonando pelo amor.
Enxerguei e ouvi a realidade.
Dividi-lo nunca, partilho-la jamais.
O som da voz que vociferava minha insuficiência diante de ti,
Calou-se...
Eu calei a minha voz, e tudo aquilo que parecia verdade incontestável,
passou a ser mentira.
De doce fui mordaz, de pura me transformei em ímpia, cruel e rude.
Aceitei e fiz maldades, como algo humano,
Fui improficiente diante da inverdade.
Existem mentiras para quem jamais mentiu,
Reconheço, agora que pequei pela verdade.
Seu mundo irreal, doloroso, de querer ser livre, de querer a muitas,
Clamava irreal pelo sonho mentiroso!
Minha transparência, inocência, ingenuidade, foi sempre um átrio de mentira.
Sua realidade foi tudo aquilo que sempre me neguei a ver.
Lastimavelmente, para nós dois,
ao tornarmo-nos mestres e discípulos um do outro,
Ensinei-o, enfim, a me amar e de você colhi tristeza e desamor.
Na ânsia pura e imaculada de ter você e seu amor, e os perdi aos dois.
E agora, só, sinto falta do amor e sinto falta de você.
E assim para aplacar a imensa frustração de não
conseguir a sintonia de você,
Abraço-me aos prazeres incontroláveis de orgasmos intelectuais,
Quando na realidade meu desejo permanece adormecido
na paixão daquele amor defeituoso!
Pego-me assim a escrever...porque?

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Beijinhos de boa noite...

Angie